sábado, 21 de janeiro de 2012

HOJE É DIA NACIONAL DE COMBATE A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA


No Brasil, desde 2007, o dia 21 de janeiro é comemorado como o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa. A data foi oficializada pelo presidente Lula através da Lei nº 11.635 como um incentivo ao respeito e à liberdade religiosa. A data escolhida homenageia Gildásia dos Santos e Santos, popularmente conhecida como Mãe Gilda. A sacerdotisa do terreiro Axé Abassá de Ogum, em Salvador, morreu de enfarte, após ver a própria foto publicada no jornal de uma igreja evangélica, acompanhada de insultos.

O que podemos trazer à memória nesta celebração? Qual a sua importância para cada um de nós? A instituição de uma data nacional para comemorar uma certa postura é, especificamente neste caso, uma manifestação civil de repúdio a toda forma de violência contra a manifestação religiosa pessoal ou grupal. No caso do Brasil, a liberdade de expressão religiosa é garantida pela Constituição. Vivemos uma atmosfera de aceitação e mistura de religiões, que, embora aparentemente sejam saudáveis, nem sempre são expressados ou vivenciados com um real espírito de abertura para o outro.

Diferenças religiosas sempre existiram na história da humanidade, antes mesmo do Cristianismo. Talvez porque a escolha e a expressão de uma fé toque tão profundamente ao ser humano, esta mesma escolha passa a ser algo tão defendido por ele que acaba por afastá-lo e confrontá-lo com o outro. E, o que é pior, quando esta defesa ultrapassa o limite individual e passa ao grupal, nós nos encontramos com os distúrbios – e até mesmo com guerras – provocadas unicamente pela não concordância com a escolha do outro.

O que Deus deve pensar de tudo isso? Haveria realmente uma religião melhor que outra? O que nos diria Jesus? Se olharmos as experiências vividas por Jesus, veremos o Mestre convivendo com tranquilidade com pessoas de diferentes religiões ou posturas religiosas. Assim, falará com a samaritana, conversará com fariseus, com romanos, com levitas, frequentará a casa daqueles que são considerados espúrios pelos líderes religiosos, como Mateus, incluirá todos na salvação que propõe aos homens. Se pensarmos que Ele mesmo, Jesus, era um judeu atuante, que frequentava o Templo, que guardava as festas judaicas, que respeitava as tradições de seu povo, só podemos ter em mente que Ele enxergava algo além da simples escolha religiosa. Ele via os corações, Ele olhava além daquilo que cada um externava a partir de sua escolha. Por isso, deixará como único mandamento o amor ao próximo como a ti mesmo.

Fonte: Site amai-vos.com

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